Dois artigos que são bem interessantes sobre processos de negócio são “As empresas são grandes coleções de processos” que se encontra disponível em http://www.fgvsp.br/rae/artigos/006-019.pdf e outro é “Processo, que processo?” que se encontra disponível em http://www.fgvsp.br/rae/artigos/008-019.pdf. Ambos os artigos são escritos pelo Professor do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da EAESP/FGV, José Ernesto Lima Gonçalves.
O primeiro artigo (“As empresas são grandes coleções de processos”) é um texto que mostra como a idéia de processos está enraizada nas empresas e organizações atuais. O artigo tem como objetivo facilitar a compreensão do assunto e aplicações para o conceito de processos empresariais.
O artigo se mostra bem útil, pois representa uma introdução bem prática sobre alguns dos principais processos nas empresas, além de ressaltar a importância de se organizar também os processos não fabris nas empresas e descreve além disto as características dos processos empresariais e também mostra a importância dos processos na organização e como a tecnologia se liga a eles de forma a facilitar seu mapeamento e gerenciamento.
Em sua conclusão o autor cita que as empresas tem sido cada vez mais centradas em processos, apesar de várias das empresas brasileiras ainda não conhecerem e nem mapearem seus processos.
O texto é muito bem ilustrado com quadros que mostram exemplos de processos, classificações, processos característicos e categorias. O artigo é bem abrangente nos conceitos de processos, mas peca um pouco em não enfatizar nenhum dos pontos de maneira mais profunda.
O segundo artigo (“Processo, que processo?”) é uma continuação do artigo citado anteriormente e resume as diferenças entre as organizações tradicionais e as empresas estruturadas por processos.
O artigo começa enfatizando o fato das empresas em geral não saberem como se organizarem por processos e identifica algumas empresas que já possuem esforços nesta direção como a IBM, HP, entre outras e então fala sobre como a empresa pode verificar e desenhar seus processos e como em alguns casos isto pode ser bem difícil em áreas não fabris da empresa, além de mostrar que para que a empresa se organize em processos o foco da empresa deixa de ser a estrutura da empresa e passa a ser o cliente.
É mostrado então algumas comparações entre organogramas e processos, estrutura organizacional versus estrutura organizacional por processos e estruturação por processos e também uma maneira de realizar a classificação de empresas com relação à organização por processos.
Uma parte mais prática do artigo se refere a como materializar os princípios de organização por processos que passa uma visão ampla, mas bem simplista dos passos a serem seguidos para que uma empresa mude sua estrutura para se aproximar de uma organização por processos.
Numa parte final o texto mostra em um quadro muito bem feito o quanto é recomendado para a empresa se orientar a processos de acordo com alguns fatores definidos pelo autor, tais como necessidade de flexibilidade e agilidade.
O autor então conclui que o futuro vai pertencer às empresas que consigam explorar seus processos tanto fabris quanto não fabris e que consigam centrar seus esforços em seus clientes, o que para mim faz muito sentido. O texto é muito bem escrito e possui exemplos claros e quadros e ilustrações que facilitam a leitura.
Ambos os textos cumprem muito bem os objetivos propostos e passam uma visão bem abrangente dos processos atuais nas empresas e de como orientar as empresas a processos.
É isto aí pessoal. Espero que ajude e que incentive vocês a ler os artigos que são bem interessantes. Qualquer problema me avisem…
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